O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia destacou a influência do Brasil nas negociações de paz entre Ucrânia e Rússia, sugerindo que o país poderia ajudar a convencer Moscou a aceitar garantias de segurança para um cessar-fogo. Ele mencionou a possibilidade de envolvimento de forças de paz chinesas e brasileiras para monitorar o acordo, mas enfatizou a necessidade de mecanismos reais, incluindo a presença de tropas estrangeiras. A Ucrânia busca apoio europeu para supervisionar uma possível trégua, enquanto a Rússia rejeita a presença de tropas do continente em seu território.
O ministro reforçou que nenhum compromisso que afete a soberania ou integridade territorial da Ucrânia será aceito, destacando a importância de aumentar os custos para a Rússia em caso de novas agressões. Além disso, ressaltou a necessidade de um sistema eficaz para monitorar o cessar-fogo e a importância de fortalecer a defesa aérea e a produção local de drones, áreas em que o país busca autossuficiência com apoio de parceiros internacionais.
Por fim, sugeriu que a cooperação com o Brasil em tecnologia de drones poderia beneficiar ambos os países, não apenas no setor militar, mas também em áreas como a agricultura. A entrevista revelou uma mudança de tom em relação a declarações anteriores do governo ucraniano, que havia expressado ceticismo sobre o papel do Brasil nas negociações.