A Uefa não conseguiu rejeitar as ações judiciais movidas por centenas de torcedores do Liverpool que estiveram presentes na final da Champions League de 2021-22, em Paris. Os torcedores alegam ter sofrido ferimentos pessoais devido ao caos ocorrido fora do Stade de France, onde a partida foi adiada por mais de 30 minutos. A situação ficou ainda mais crítica com a utilização de gás lacrimogêneo pela polícia francesa, que gerou reclamações dos fãs sobre o tratamento severo enquanto eram levados para áreas fora do estádio.
Em uma revisão independente, foi apontado que a Uefa teve grande responsabilidade nos incidentes, que quase resultaram em um desastre. Apesar de um acordo ter sido feito com um grupo de torcedores, outro processo envolvendo cerca de 800 fãs continuou em curso no Tribunal Superior. A Uefa, que inicialmente atribuiu culpa aos torcedores, acabou se desculpando após a divulgação da revisão, mas se manteve firme em negar responsabilidade.
A decisão desta sexta-feira (7) significa que o caso poderá seguir nos tribunais britânicos, e os advogados dos reclamantes celebraram a vitória como um passo importante na busca por justiça. Para a Uefa, a decisão permite revisar os argumentos sobre a jurisdição do caso, uma vez que mais informações se tornem disponíveis. A situação reforça a necessidade de garantir a segurança dos torcedores durante grandes eventos esportivos.