A guerra na Ucrânia trouxe perdas profundas para muitas famílias, como a de Liudmyla Shestakova, que perdeu seu filho e nora na linha de frente. Shestakova, que trabalha com questões ambientais, havia visto com otimismo um possível acordo entre os EUA e a Ucrânia sobre a exploração de minerais críticos, uma iniciativa que poderia gerar investimentos necessários para a região. No entanto, quando o acordo fracassou, muitos ucranianos ficaram surpresos e desapontados com a postura do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que, ao tratar o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy com desdém, gerou um sentimento de traição entre os ucranianos. O acordo, inicialmente visto como uma oportunidade, acabou sendo visto por muitos como uma forma de extorsão.
O acordo sobre minerais visava garantir que os EUA obtivessem benefícios econômicos da mineração na Ucrânia, em troca de apoio contínuo ao país na guerra contra a Rússia. A Ucrânia, rica em recursos como urânio, titânio e níquel, foi vista como um terreno promissor para os EUA obterem lucros. Inicialmente, muitos ucranianos estavam dispostos a aceitar uma parte dos lucros em troca do apoio americano. No entanto, após o fracasso do acordo, a percepção de muitos mudou, e surgiram sentimentos de frustração com a forma como o processo foi conduzido.
As reações dos ucranianos foram diversas. Alguns, como Vitaly Deinega, co-fundador da Come Back Alive, enfatizaram que, independentemente do apoio dos EUA, o país continuaria a resistir à invasão russa. Outros expressaram frustração com a atitude de Trump, considerando-a desrespeitosa e comparando-a à vitimização de um agressor. Para muitos, a falta de um acordo representava mais uma dificuldade em um cenário já desafiador, mas ainda assim, o compromisso com a luta pela independência e a sobrevivência do país era mais forte.