A Ucrânia afirmou que buscará novas conversações com os Estados Unidos para tentar encerrar o conflito com a Rússia, após Washington suspender a troca de informações de inteligência com Kiev, um movimento que afeta diretamente as operações das tropas ucranianas. O presidente Volodimir Zelensky se manifestou sobre o episódio, destacando que as equipes ucranianas e americanas começaram a trabalhar em uma futura reunião, sem detalhes sobre a data e o local. A tensão aumentou depois de uma troca de palavras entre Zelensky e o presidente Donald Trump, que criticou a postura ucraniana em relação ao processo de paz.
Em meio a essa reviravolta nas relações entre os dois países, Zelensky se comprometeu a participar de uma cúpula da União Europeia em Bruxelas, na quinta-feira, que abordará a guerra em seu país e a segurança europeia. A suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos e a paralisação da troca de informações de inteligência geraram preocupação em Kiev e em toda a Europa, temendo que a Ucrânia seja forçada a aceitar um acordo de paz com condições favoráveis à Rússia. Trump, que tem colocado o fim do conflito como prioridade, sugeriu a possibilidade de negociações, mas ainda não apresentou um plano detalhado para um acordo.
A Rússia, por sua vez, reagiu com cautela e apontou a proibição de negociações diretas com o presidente russo Vladimir Putin, decretada por Zelensky em 2022, como um obstáculo para o diálogo. O Kremlin se mantém firme em suas exigências, incluindo a desmilitarização da Ucrânia e a ceder territórios, enquanto o governo ucraniano recusa essas condições. A situação se agrava no front, com a Rússia avançando em territórios no leste da Ucrânia, e a Europa discutindo a possibilidade de enviar tropas para garantir o cumprimento de um futuro tratado de paz.