O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que os EUA estão próximos de encerrar a suspensão do compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, medida que havia sido adotada na última quarta-feira (5). A decisão veio após uma pressão crescente sobre o governo ucraniano para que coopere nas negociações de paz com a Rússia. Essa pausa no apoio às informações estratégicas comprometeu a capacidade da Ucrânia de se defender, principalmente contra ataques russos, e ocorreu simultaneamente à interrupção da ajuda militar dos Estados Unidos ao país.
Trump também demonstrou otimismo em relação às negociações com autoridades ucranianas, que ocorrerão na Arábia Saudita no dia 11 de março. Durante o encontro, que contará com a presença de representantes dos EUA e Ucrânia, serão discutidas possíveis concessões da Ucrânia para encerrar o conflito com a Rússia. Além disso, está em pauta a assinatura de um acordo entre os dois países sobre recursos minerais, o que garantiria aos EUA o acesso a essas reservas na Ucrânia, embora a formalização tenha sido adiada após desentendimentos públicos entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Em sua declaração, Trump também mencionou que seu governo está avaliando medidas adicionais, como tarifas contra a Rússia, caso o país não aceite um cessar-fogo com a Ucrânia. Ao mesmo tempo, o presidente norte-americano afirmou que não vê motivos para se preocupar com os recentes exercícios militares conjuntos entre Rússia, China e Irã, sinalizando uma postura firme e estratégica para os próximos meses de negociações.