O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou em um evento na Casa Branca, em 13 de março de 2025, o interesse de seu governo em anexar a Groenlândia, território autônomo da Dinamarca. Trump argumentou que a medida seria crucial para a segurança global e internacional, destacando a importância estratégica da região, que abriga vastos recursos naturais. A Groenlândia, com uma área maior que a do México e coberta em grande parte por gelo, ocupa um lugar de destaque nas disputas geopolíticas atuais, especialmente no contexto de crescente rivalidade no Ártico.
A proposta de anexação gerou reações fortes, com líderes da União Europeia, como o governo francês e autoridades alemãs, condenando a postura como imperialista e alegando que mudanças territoriais não devem ocorrer por força. A Dinamarca, por sua vez, demonstrou cautela, indicando disposição para dialogar e equilibrar os interesses dos Estados Unidos na região. Em meio a isso, o governo dinamarquês anunciou um plano significativo para reforçar a segurança no Ártico, em resposta às ameaças de Trump.
Caso a proposta se concretize, a aquisição da Groenlândia se tornaria um feito semelhante à compra do Alasca por Andrew Johnson em 1867. Além disso, Trump mencionou outras ideias expansionistas, como a aquisição do Canal do Panamá e a absorção do Canadá pelos EUA, além de sugerir a mudança do nome do Golfo do México para Golfo da América. A Rússia, com interesses estratégicos no Ártico, manifestou preocupação, afirmando que acompanha de perto a situação e trabalha para evitar aumentos de tensão na região.