O governo do presidente Donald Trump está considerando invocar uma lei de 1798, chamada Lei dos Inimigos Estrangeiros, para acelerar o processo de deportação de imigrantes não documentados. A medida, que concede ao presidente uma ampla autoridade em tempos de guerra, pode ser aplicada para remover imigrantes identificados como membros de grupos considerados ameaças, como organizações criminosas. No entanto, especialistas jurídicos alertam que o uso da lei pode gerar uma longa disputa judicial, uma vez que ela foi concebida para ser aplicada em contextos de guerra ou ameaça direta de outro país.
A Lei dos Inimigos Estrangeiros foi utilizada apenas três vezes na história dos Estados Unidos, sempre durante períodos de guerra, incluindo a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, quando imigrantes de países inimigos foram detidos ou deportados. A mais recente discussão sobre o uso dessa legislação ocorre enquanto o governo Trump continua a se concentrar em medidas de segurança nas fronteiras, com foco em grupos como o Tren de Aragua, uma organização criminal estrangeira recentemente designada como terrorista.
Embora a medida seja considerada uma forma de acelerar a remoção de imigrantes, sua aplicação fora de um cenário de guerra pode ser complexa, o que gera incertezas sobre sua viabilidade jurídica. O governo está preparando o anúncio da decisão, que deve ocorrer nos próximos dias, enquanto especialistas e autoridades governamentais ainda discutem os detalhes sobre como implementar a medida.