O governo do presidente Donald Trump está preparando uma medida para revogar o status legal temporário de aproximadamente 240 mil ucranianos que fugiram do conflito com a Rússia. A decisão, prevista para ser implementada em abril, teria como consequência a inclusão deste grupo em um processo acelerado de deportação. A revogação ocorre em um momento em que Trump busca desfazer políticas adotadas durante o governo de Joe Biden, as quais ofereceram proteção a diversos grupos de imigrantes por meio de programas temporários de liberdade condicional humanitária.
Além dos ucranianos, o governo de Trump também planeja retirar o status legal de outros 530 mil imigrantes, incluindo cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos. Os imigrantes afetados por essas mudanças poderão ser colocados em processos de deportação acelerada, uma medida que já está em vigor para aqueles que cruzaram a fronteira de maneira ilegal. No caso dos que entraram legalmente nos Estados Unidos, como os beneficiários da liberdade condicional, não há um limite de tempo para o processo de remoção rápida, o que torna a situação ainda mais delicada.
Os programas de liberdade condicional humanitária lançados pelo governo Biden tinham como objetivo fornecer ajuda a pessoas que fugiram de crises humanitárias, como a invasão russa na Ucrânia e a tomada do Afeganistão pelo Talibã. Esses programas também abarcavam outras nacionalidades em situação de vulnerabilidade. A mudança planejada pelo governo Trump reflete uma tentativa de reverter essas políticas, resultando em um impacto direto para centenas de milhares de imigrantes que se beneficiaram dessas medidas temporárias de proteção legal.