Donald Trump indicou o Dr. Marty Makary, cirurgião oncologista da Universidade Johns Hopkins, para liderar a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA). Caso aprovado pelo Senado, ele será responsável pela regulação de produtos como vacinas e medicamentos, além de alimentos e cosméticos. Makary já é conhecido por suas posições controversas, especialmente sobre a pandemia de COVID-19. Embora tenha apoiado restrições iniciais como o uso de máscaras, posteriormente se posicionou contra a obrigatoriedade da vacinação, defendendo que a imunidade natural deveria ser considerada nas políticas de saúde pública.
Makary também levantou críticas ao sistema de saúde americano, questionando o impacto de aditivos alimentares e produtos ultraprocessados na saúde da população. Em relação ao aborto, após a revogação da decisão Roe v. Wade, ele fez afirmações polêmicas sobre o desenvolvimento fetal, o que gerou reações de grupos de direitos reprodutivos. Se confirmado como chefe da FDA, ele terá grande influência sobre o acesso a medicamentos abortivos, como o mifepristone, que poderá ser restringido dependendo de sua postura.
Além disso, Makary se mostrou um crítico das principais agências de saúde dos EUA, incluindo a FDA, a qual ele chamou de “quebrada”, alegando que a política e a burocracia estavam prejudicando o avanço científico. Suas opiniões sobre a regulação de alimentos e sua visão sobre doenças crônicas reforçam seu perfil de opositor ao status quo nas políticas de saúde pública do país.