O retorno das negociações após o Carnaval traz à tona importantes temas que impactam os mercados, especialmente as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o Canadá, México e China. Desde a implementação dessas tarifas, que já geraram volatilidade nos mercados, a expectativa é que a situação continue a afetar os mercados financeiros. Além disso, os dados do mercado de trabalho dos EUA e as divulgações do PMI nos EUA e no Brasil serão monitorados de perto pelos investidores. O índice do Brazil Titans 20 em Nova York, que reúne os principais ADRs brasileiros, apresentou oscilações, refletindo o nervosismo do mercado.
O discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, na última terça-feira, também gerou repercussão. Durante sua fala no Congresso, ele abordou políticas comerciais, relações internacionais e medidas de seu governo, incluindo as tarifas, e mencionou o Brasil como um dos países cujas tarifas para os EUA são excessivas. A China, por sua vez, anunciou uma meta de crescimento do PIB de 5% para 2025, mantendo uma estratégia de estímulo à economia diante de desafios internos e externos, como as tensões comerciais.
No Brasil, a recuperação da produção industrial em fevereiro foi um destaque positivo, com o índice PMI indicando crescimento no setor. A política interna também está movimentada, com a aprovação do ministro Simone Tebet (MDB) liderando o ranking de popularidade entre os ministros do governo, enquanto o governo Lula analisa novas movimentações, incluindo a possível nomeação do deputado Guilherme Boulos para a Secretaria-Geral da Presidência. A agenda política também prevê discussões sobre a escolha de um novo dirigente do PT, que assumirá interinamente após a saída de Gleisi Hoffmann para o novo cargo de ministra.