Donald Trump tem defendido a ideia de expansão territorial para os Estados Unidos, um posicionamento raro para um presidente americano no século XXI. Entre suas declarações mais notáveis estão a proposta de adquirir a Groenlândia, reverter a decisão sobre o Canal do Panamá e até sugerir que o Canadá poderia se tornar o 51º estado dos EUA. Essa retórica tem gerado preocupações entre analistas, que especulam sobre um possível retorno ao imperialismo, com os EUA assumindo um papel mais agressivo e expansionista no cenário mundial. As ameaças feitas por Trump incluem até mesmo o uso da força militar para conquistar territórios estratégicos.
Especialistas em relações internacionais têm diferentes interpretações sobre as ações do presidente. Para alguns, suas atitudes são vistas como um exemplo de “neoimperialismo”, uma relação desigual entre países que persiste desde o século XX. A presença de bases militares americanas ao redor do mundo e a política de tarifas comerciais, como as implementadas contra o Canadá, México e China, são apontadas como extensões desse modelo. No entanto, há quem acredite que, por trás de suas declarações, Trump esteja apenas buscando negociações e maneiras de pressionar outros países em questões econômicas e políticas.
Apesar da retórica agressiva e da impressão de que os Estados Unidos poderiam adotar uma postura expansionista, muitos analistas acreditam que, na prática, esses planos são improváveis. A falta de uma capacidade militar para travar grandes conflitos e as limitações políticas internas indicam que tais movimentos territoriais, como a invasão de países ou o controle de regiões como Gaza, são pouco plausíveis. Assim, a maioria dos especialistas considera que a postura de Trump reflete mais uma recalibração da política externa americana, com foco no fortalecimento interno e na ativação de sua base política, em vez de uma real intenção de expandir os domínios dos Estados Unidos por meio de força militar.