O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (21) que a Boeing foi escolhida para fabricar o F-47, o caça mais avançado da Força Aérea dos EUA. O contrato, no valor superior a US$ 20 bilhões, integra o programa Next Generation Air Dominance (NGAD), que visa substituir o F-22 Raptor da Lockheed Martin e incluir uma aeronave tripulada para operar ao lado de drones. Com esse acordo, a Boeing conquista uma importante vitória, especialmente após enfrentar dificuldades em outros segmentos de seus negócios.
O F-47 será um caça de sexta geração, com design altamente secreto, sendo mais acessível e adaptável do que o F-22. O novo modelo contará com melhorias em alcance, furtividade e manutenção. O NGAD foi projetado para enfrentar adversários como China e Rússia, e, ao longo de sua vida útil, o contrato permitirá à Boeing fabricar mais unidades do caça, o que deverá resultar em pedidos que somarão centenas de bilhões de dólares. A escolha da Boeing também representa um importante impulso para a empresa, que enfrentava dificuldades em suas operações comerciais e no setor de defesa.
Além disso, a vitória no contrato pode representar uma reviravolta para a Boeing, que sofreu com estouros de custos e atrasos em projetos anteriores, como o avião-tanque KC-46 e o programa Air Force One. A empresa também enfrentou uma série de crises internas, incluindo problemas com a produção do 737 MAX e investigações sobre falhas em sua linha de aviões. O analista Roman Schweizer destacou que, apesar das dificuldades recentes, o sucesso com o F-47 é uma grande conquista para a Boeing, embora ainda haja preocupações sobre a execução do contrato e a supervisão do governo.