O presidente Donald Trump anunciou que, a partir de terça-feira, serão aplicadas tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá, um movimento que reacendeu temores sobre uma possível guerra comercial na América do Norte. Essas tarifas são vistas como uma tentativa de pressionar os países vizinhos dos Estados Unidos a combater o tráfico de fentanil e a imigração ilegal, além de buscar um equilíbrio nas relações comerciais, incentivando a realocação de fábricas para os EUA. No entanto, a decisão também gerou receios sobre o impacto na inflação e o crescimento econômico, com o índice S&P 500 caindo 2% após o anúncio.
O governo Trump mantém que as tarifas são uma estratégia para fortalecer a manufatura americana e atrair investimentos estrangeiros. A administração alega que já obteve resultados, como a expansão do investimento da fabricante de chips TSMC nos Estados Unidos, que teria sido incentivada pela ameaça de tarifas. No entanto, o presidente deixou claro que não haverá mais concessões, após um adiamento de um mês em fevereiro, em que México e Canadá prometeram fazer ajustes. Trump afirmou que as tarifas também afetarão produtos energéticos canadenses, como petróleo e eletricidade, mas a um valor reduzido de 10%.
O Canadá já se preparou para retaliar, com uma lista de tarifas no valor de US$ 155 bilhões, e afirmou estar pronto para aplicar um primeiro lote de US$ 30 bilhões em resposta às novas medidas. O governo canadense, por meio da ministra das Relações Exteriores, indicou que está mantendo os esforços diplomáticos com o governo dos EUA, buscando minimizar os impactos dessas sanções e proteger sua economia, especialmente no setor energético.