Após uma conversa com Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, Donald Trump decidiu adiar a implementação das tarifas sobre as importações do México e do Canadá por um mês, devido à pressão do setor automotivo dos Estados Unidos. A medida visa evitar impactos econômicos negativos sobre as montadoras, que dependem de uma cadeia de suprimentos integrada na América do Norte. As tarifas de 25% inicialmente planejadas seriam prejudiciais ao mercado, uma vez que muitas montadoras americanas dependem de peças produzidas no Canadá e no México.
A Aliança para a Inovação Automotiva, que representa grandes montadoras dos EUA, argumentou que as tarifas afetariam a produção e a disponibilidade de veículos. O adiamento, embora provisório, trouxe certo alívio ao mercado financeiro, com as bolsas americanas fechando em alta pela primeira vez em dois dias. No entanto, investidores continuam cautelosos devido à incerteza quanto às próximas decisões da Casa Branca.
Em um novo discurso, Trump reforçou a sua posição sobre o uso de tarifas como uma estratégia para equilibrar as relações comerciais. A medida de tarifas recíprocas, que entrará em vigor em 2 de abril, é defendida por Trump como uma forma de corrigir desequilíbrios econômicos com outros países, como a União Europeia, China, Brasil, Índia, México e Canadá, que, segundo ele, aplicam tarifas mais altas sobre produtos americanos.