O Tribunal Superior da Catalunha absolveu, por unanimidade, o ex-jogador brasileiro Daniel Alves da condenação por estupro. A decisão anulou a sentença anterior, que o havia condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, alegando inconsistências no depoimento da acusadora. O tribunal destacou a falta de confiabilidade no relato da vítima, embora a sentença original tivesse considerado provada a ausência de consentimento e o uso de violência, com base em lesões físicas e no comportamento da jovem.
O caso remonta a um incidente em uma boate de Barcelona, onde o ex-atleta foi acusado de agressão sexual. Durante o julgamento, a defesa argumentou que a relação foi consensual, enquanto a acusação pediu pena maior. O jogador apresentou múltiplas versões sobre o ocorrido, desde a negação inicial até a admissão de relações sexuais, alegando posteriormente que estava embriagado. Testemunhas e laudos periciais foram analisados, mas a nova decisão judicial considerou insuficientes as provas para manter a condenação.
A sentença original também incluía medidas como liberdade supervisionada, indenização à vítima e afastamento obrigatório. Com a anulação, o caso pode ainda ser recorrido em instâncias superiores. O julgamento teve grande repercussão, levantando debates sobre a credibilidade de testemunhos e a aplicação da justiça em casos de violência sexual. A defesa do ex-jogador já anunciou que continuará contestando a decisão, enquanto a acusação avalia os próximos passos.