O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o INSS adote medidas para aprimorar a análise de pedidos de benefícios previdenciários, após identificar elevados índices de indeferimentos indevidos. Dados do programa Supertec mostraram que 13,20% dos processos manuais negados em 2023 e 10,94% dos automáticos em 2024 apresentavam irregularidades. Entre as medidas exigidas estão a implementação de mecanismos proativos para corrigir falhas e o uso de inteligência artificial para sanar vícios nos requerimentos.
O relator do caso destacou que a cultura do INSS prioriza a produtividade dos servidores, medida pela quantidade de processos analisados, em detrimento da qualidade das decisões. Questionários aplicados aos servidores revelaram que a avaliação de desempenho não considera a precisão das análises, incentivando indeferimentos sem motivação adequada ou comunicação clara aos segurados. O TCU também apontou deficiências nas bases de dados do CNIS como fator agravante para as inconsistências.
O presidente do TCU anunciou uma nova auditoria no INSS, focada em erros durante o deferimento de pedidos, questionando quantos brasileiros foram prejudicados por falhas do instituto. As medidas buscam equilibrar eficiência e qualidade, garantindo que os segurados tenham seus direitos assegurados de forma justa e transparente. A decisão reforça a necessidade de modernização e aprimoramento contínuo dos processos previdenciários.