Cristian Cravinhos, condenado pelo homicídio de um casal ocorrido em 2002, foi autorizado a cumprir o restante de sua pena em liberdade. A decisão, tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, permitiu que ele deixasse a prisão após avaliação de seu bom comportamento e cumprimento dos requisitos legais. Ele se tornou o último dos três condenados pelo crime a obter a possibilidade de progressão de regime. Antes da mudança, ele estava detido na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado, em Tremembé, interior de São Paulo.
A juíza responsável pela decisão, Sueli Zeraik de Oliveira Armani, considerou a ausência de faltas disciplinares e a avaliação psicológica favorável, além do cumprimento do tempo mínimo exigido para a progressão de regime. Ela também destacou que, ao longo da pena, o detento teve saídas temporárias sem incidentes negativos. A juíza impôs uma série de condições para a liberdade condicional de Cristian, incluindo a obrigação de se apresentar trimestralmente à justiça, obter trabalho lícito e cumprir restrições de comportamento.
Embora o Ministério Público tenha se manifestado contra a decisão, argumentando que a mudança de regime não era adequada, a juíza considerou as objeções insuficientes para impedir a progressão. O novo regime impõe regras rígidas ao condenado, que pode perder o benefício caso descumpra as condições estabelecidas. O caso, que remonta ao crime de 2002, segue sendo acompanhado de perto pela opinião pública.