Um tribunal de apelações dos Estados Unidos suspendeu na última sexta-feira a decisão que bloqueava ordens executivas do governo Trump, que buscavam encerrar o apoio federal a programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). A decisão do painel de três juízes permite que as ordens sejam implementadas enquanto uma ação judicial sobre o caso continua. A medida anula a liminar do juiz Adam Abelson, que havia impedido a aplicação das ordens em todo o país. Dois dos juízes do 4º Circuito, que compõem o painel, indicaram que a questão pode levantar preocupações sobre os direitos da Primeira Emenda, mas argumentaram que a decisão anterior do juiz foi excessiva.
As ordens executivas de Trump visam interromper o financiamento de programas de DEI em agências e empresas federais. Desde o primeiro dia de seu mandato, Trump assinou uma ordem determinando a interrupção de contratos e subsídios relacionados à equidade. Além disso, uma segunda ordem exigia que contratantes federais certificassem que não promovem iniciativas de DEI. Cidades como Baltimore, juntamente com outras entidades, processaram a administração alegando que as ordens eram um abuso de poder e violavam direitos constitucionais, como a liberdade de expressão.
A controvérsia sobre programas de DEI reflete uma divisão política crescente. Críticos, principalmente entre os republicanos, argumentam que essas iniciativas podem prejudicar a meritocracia e favorecer grupos específicos de forma injusta. Por outro lado, defensores das iniciativas DEI apontam que elas são essenciais para criar ambientes mais inclusivos e atender às necessidades de populações diversas, especialmente as historicamente marginalizadas.