O III Tribunal do Júri de Valença condenou um policial militar a 30 anos de reclusão pelo crime de feminicídio. Ele foi responsabilizado pela morte de sua companheira, uma mulher de 31 anos, em novembro de 2020. O crime ocorreu em um estacionamento de faculdade onde a vítima fazia pós-graduação, quando o acusado a manteve refém por cerca de três horas, apontando uma arma contra ela. Após a chegada de equipes de negociação, o policial disparou contra o rosto da vítima e se entregou.
A juíza responsável pelo caso destacou a gravidade da violência e o controle excessivo do acusado sobre a vítima, que incluía vigilância e restrições em suas redes sociais e no ambiente de trabalho. Segundo a sentença, o policial demonstrou uma força intimidatória, impedindo a mulher de reagir durante o episódio. A violência foi classificada como um ato extremo de feminicídio, dado o comportamento coercitivo e a tentativa do agressor de subjugar completamente a vítima.
A decisão judicial também incluiu a perda do cargo do acusado na corporação militar. A vítima, além de ser uma estudante, deixava um filho pequeno, o que torna a tragédia ainda mais dolorosa. O caso ilustra o crescente problema do feminicídio no Brasil e destaca a necessidade de medidas mais eficazes no combate a essa violência.