O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu habeas corpus a cinco dos doze policiais militares acusados de envolvimento na chacina de Camaragibe, ocorrida em setembro de 2023. Os agentes, presos preventivamente desde março de 2024, foram liberados com a condição de cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleiras eletrônicas. A decisão foi revisada após a defesa alegar desigualdade de tratamento entre os réus, embora a relatora inicialmente tenha se posicionado contra a soltura devido à participação direta dos acusados nas mortes de seis pessoas de uma mesma família.
O crime ocorreu após um confronto em que um vigilante matou dois policiais militares e, em seguida, foi perseguido e executado junto a cinco familiares, incluindo sua mãe, esposa e irmãos. Uma jovem grávida também foi baleada durante a perseguição e morreu mais de um mês depois. De acordo com as investigações, os PMs agiram de forma desproporcional e planejada, incluindo relatos de tortura contra uma testemunha.
Além dos cinco beneficiados pelo habeas corpus, outros sete acusados já estavam em liberdade, cumprindo medidas cautelares. Dois deles foram promovidos durante o processo, mesmo afastados das funções policiais. O caso continua sob análise judicial, com os réus proibidos de contato com testemunhas e sob monitoramento eletrônico.