A trégua entre Israel e o Hamas, iniciada em 19 de janeiro de 2025 após mais de 15 meses de conflito, entrou em uma fase de impasse, com o término da primeira fase marcado para o dia 1º de março. Embora durante este período o Hamas tenha libertado reféns e entregue corpos de vítimas, a segunda fase do acordo, que visava concluir a troca de prisioneiros e a cessação total das hostilidades, não avançou. Negociações intensas entre mediadores como Egito, Catar e Estados Unidos não conseguiram resultar em consenso, com o Hamas rejeitando as condições propostas por Israel.
A recusa do Hamas em aceitar a ampliação da trégua, que incluiria a troca de reféns e prisioneiros em intervalos semanais, reflete a reticência política dentro do governo israelense, onde disputas internas também impactam o andamento das negociações. O cenário político em Israel, especialmente as pressões de facções mais extremistas, tem dificultado o fechamento de um novo acordo, com a ameaça de desestabilização do governo caso a guerra não seja retomada. Por outro lado, o Hamas, que sofreu grandes perdas durante a guerra, insiste em avançar para a segunda fase do acordo para garantir a libertação dos palestinos detidos e a manutenção de sua presença em Gaza.
A situação continua crítica, com a ONU alertando sobre o risco de uma crise humanitária em Gaza, onde mais de 69% dos edifícios foram destruídos e a população enfrenta sérias dificuldades alimentares e de deslocamento. Enquanto isso, as conversas continuam, com o apoio internacional para evitar o retorno das hostilidades, que seriam catastróficas para a região. O objetivo de alcançar uma paz duradoura segue sem resultados claros, com a tensão entre as partes ainda em alta.