Os gastos das famílias com Transportes tiveram um aumento significativo em março, passando de 0,44% em fevereiro para 0,92%, contribuindo com 0,19 ponto porcentual para a inflação de 0,64% medida pelo IPCA-15. De acordo com o IBGE, o impacto desse grupo foi mais que o dobro do registrado no mês anterior, quando havia influenciado em 0,09 ponto porcentual. O principal destaque foi a alta nos combustíveis, que subiram 1,88%, com destaque para o etanol (2,17%), óleo diesel (2,77%) e gasolina (1,83%).
A gasolina foi o subitem com maior peso no índice, respondendo sozinha por 0,10 ponto porcentual da inflação. Além dos combustíveis, as passagens aéreas também tiveram um aumento expressivo de 7,02%, impactando em 0,05 ponto porcentual no IPCA-15. Outros meios de transporte, como o trem e o ônibus intermunicipal, registraram altas de 1,90% e 0,46%, respectivamente, impulsionados por reajustes tarifários em cidades como Rio de Janeiro e Porto Alegre.
O cenário reflete a pressão contínua dos custos de transporte sobre o orçamento das famílias, com destaque para os combustíveis e serviços de transporte coletivo. Os reajustes em diferentes modalidades mostram um movimento generalizado de aumento de preços no setor, contribuindo para a inflação geral no período. Os dados reforçam a importância do monitoramento desses itens para entender a dinâmica dos preços na economia brasileira.