Moradores de Vilhena (RO) estão enfrentando a falta de transporte público desde o dia 21 de fevereiro, após a empresa responsável pelo serviço decidir suspender as atividades. A empresa, que operava o transporte coletivo da cidade há 15 anos, alegou uma dívida de quase R$ 500 mil com a prefeitura, referente a cinco meses sem pagamento, o que comprometeu a manutenção da frota e o pagamento dos funcionários. A prefeitura, por sua vez, justificou a dívida devido à gratuidade para estudantes e idosos, e afirmou que a empresa poderia ter interrompido apenas esses serviços, mas optou pela paralisação total.
A suspensão do transporte coletivo tem causado transtornos para aproximadamente 1.200 estudantes da rede estadual e do Instituto Federal de Rondônia (Ifro), além de trabalhadores que dependem dos ônibus para se deslocar até seus locais de trabalho, como frigoríficos e empresas mais distantes. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) está buscando alternativas para evitar que o ano letivo seja prejudicado, diante da dificuldade de acesso aos estabelecimentos de ensino.
O processo para a contratação de uma nova empresa responsável pelo transporte coletivo de Vilhena, por meio de um contrato emergencial, teve seu prazo adiado devido ao carnaval. A divulgação do resultado estava prevista para o dia 4 de março, mas foi postergada. A Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (Semtran) informou que a proposta para o novo contrato só foi enviada às empresas no dia 28 de fevereiro, e o prazo para as respostas foi estendido devido ao feriado.