A Transparência Internacional apresentou uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), alegando o enfraquecimento das políticas de combate à corrupção no Brasil. A organização criticou decisões recentes que, segundo ela, prejudicam o enfrentamento da corrupção, como a anulação de provas no acordo de leniência da Odebrecht (hoje Novonor), determinado por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, a Transparência Internacional destacou a importância de reforçar as políticas de combate à corrupção na América Latina, com o objetivo de fortalecer os direitos humanos e aumentar a confiança pública nas instituições.
A denúncia foi apresentada durante uma audiência da OEA, onde representantes de diferentes países, incluindo Brasil, Colômbia e Venezuela, discutiram casos de corrupção e violações de direitos humanos. A organização pediu que a CIDH considere a corrupção como uma questão transversal nos relatórios de Direitos Humanos e que seja designado um responsável específico para acompanhar o tema dentro da comissão. O objetivo é que as nações adotem medidas mais rigorosas para enfrentar a impunidade e a corrupção, que afetam a democracia e o estado de direito em vários países da região.
A Transparência Internacional também criticou outras ações recentes, como a anulação de investigações envolvendo um ex-ministro no contexto da Operação Lava Jato e a decisão de investigar a própria atuação da organização no Brasil. Em suas declarações, a entidade reforçou que essas atitudes comprometem a confiança da sociedade nas instituições e dificultam os esforços para combater a corrupção no país, alertando sobre as consequências dessas medidas para a credibilidade do sistema judicial brasileiro.