Um relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) trouxe dados relevantes sobre a relação entre fenômenos climáticos extremos, como o El Niño, e a transição energética para fontes renováveis. O fenômeno, que aquece as temperaturas do planeta e causa mais secas, teve um impacto positivo na capacidade fotovoltaica da América do Sul, que aumentou em 3,9%. Esse crescimento representa uma geração adicional de 3,5 TWh/ano, dentro da capacidade instalada de 50 GW da região, devido à maior radiação solar provocada pelo El Niño.
Além da energia solar, o fenômeno também favoreceu outras fontes renováveis, como a eólica e a hidroelétrica. A capacidade de geração eólica aumentou em 13%, e a hidroelétrica teve um crescimento de 1%. Em contrapartida, a energia solar teve um aumento mais expressivo de 32%. A análise da OMM destaca que a previsão dessas condições climáticas extremas pode ser um aliado importante para otimizar a produção de energia renovável, especialmente para antecipar picos sazonais de demanda e melhorar a adaptação das redes de energia.
O relatório também discute a transição climática do fenômeno La Niña para o El Niño, enfatizando a importância de um planejamento estratégico para garantir uma geração de energia renovável mais confiável. Embora o relatório seja de 2023, ele já destaca que 2024 superou 2023 como o ano mais quente da história, o que reforça a necessidade de um monitoramento climático mais eficaz para a transição energética. Esse esforço, conforme o documento, está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente ao ODS 7, que trata da promoção de energia limpa e acessível.