A cidade de Tijucas, em Santa Catarina, enfrentou uma grave crise com a falta de vagas no Cemitério Municipal, levando a prefeitura a decretar situação de emergência. Com uma população de cerca de 56,6 mil habitantes, a cidade estava com apenas uma vaga disponível para sepultamento em 5 de março, o que levou o município a considerar o cenário como um colapso. Para enfrentar a crise, a prefeitura propôs alternativas como a exumação de corpos mais antigos, incentivo à cremação e reorganização dos espaços existentes.
Dentre as medidas emergenciais, a administração local também cogita a ampliação do cemitério, incluindo a permuta de um terreno adjacente, ou até mesmo a concessão da gestão do espaço para uma empresa privada. O processo de exumação, por exemplo, será acompanhado de notificações aos familiares para remoção de restos mortais, e a empresa responsável deverá garantir o atendimento digno e transparente à população. Além disso, a prefeitura planeja melhorar a infraestrutura do cemitério, que data de 1919, e pretende solicitar a devolução de sepulturas abandonadas por seus proprietários.
A situação também destaca o crescimento populacional de Tijucas, que tem experimentado um aumento significativo nos últimos anos devido à sua localização estratégica entre grandes polos turísticos. O município, que possuía 51.592 habitantes em 2022, chegou a 56.674 em 2024. O cenário atual remete a um enredo da novela “O Bem-Amado”, onde a escassez de falecimentos gerava uma situação inusitada em um cemitério fictício, demonstrando o contraste entre os desafios de gestão funerária e os limites de infraestrutura urbana em áreas com alta demanda demográfica.