O projeto de produção de tijolos ecológicos a partir de conchas de mariscos, desenvolvido por catadoras de Igarassu, Pernambuco, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco e empreendedores locais, tem ganhado destaque por sua inovação e sustentabilidade. O tijolo, que se diferencia por seu custo 20% inferior ao do tijolo tradicional, oferece vantagens como a facilidade de aplicação, que dispensa o uso de reboco, bastando fazer o rejunte e aplicar resina na parede. Este projeto foi selecionado entre os melhores do Nordeste pela Sudene, que concedeu R$ 80 mil para ajudar na expansão do negócio.
O conceito de tijolos ecológicos não é novo, mas essa abordagem com conchas agrega um valor sustentável significativo. O tijolo ecológico, também conhecido como tijolo de solo-cimento, é produzido com uma mistura de solo e cimento, sem necessidade de queima, o que reduz o impacto ambiental. Essa técnica é comparável a outras formas de tijolos sustentáveis, como os convencionais que não exigem argamassa para assentamento devido ao seu sistema de encaixe.
A história dos tijolos remonta a civilizações antigas, como as da Mesopotâmia, que produziam tijolos de barro ou argila moldados à mão e secados ao sol. Com o tempo, os tijolos passaram a ser queimados para maior durabilidade. A Revolução Industrial no século XIX proporcionou a fabricação em grande escala de tijolos, dando origem aos diversos tipos de tijolos modernos, como os maciços, furados, baianos, de concreto e refratários. A inovação no setor continua, com o surgimento de novas opções como o bloco de vidro e o tijolo laminado, que atendem a diferentes necessidades na construção civil.