A Tesla se tornou um exemplo das dificuldades enfrentadas pelas grandes empresas de tecnologia, em meio à instabilidade da economia americana. A montadora perdeu bilhões de dólares em valor de mercado e segue operando em um cenário volátil, onde o preço das ações está próximo da média móvel de 200 dias, um indicador que sugere possíveis movimentos de desvalorização. Além disso, o ambiente de mercado é impactado por fatores como o temor de recessão e a alta nas taxas de juros, o que afeta também o setor de criptoativos.
Além dos desafios econômicos globais, a Tesla enfrenta dificuldades específicas relacionadas à postura pública de seu CEO, que tem gerado críticas e afastado parte de seus consumidores. A companhia também tem sido alvo de protestos em várias localidades, refletindo a insatisfação com a marca. Na Europa, a situação é ainda mais grave, com quedas acentuadas nas vendas em diversos países, como França, Noruega e Suécia. Em Portugal, o declínio das vendas em fevereiro de 2025 foi de mais de 53%.
Esse cenário reflete um quadro mais amplo de dificuldades para as Big Techs, que estão todas experimentando um enfraquecimento no mercado. A aproximação das ações dessas empresas da média móvel de 200 dias acende um alerta para os investidores, que se mostram cada vez mais cautelosos diante de um panorama de maior aversão ao risco. As incertezas políticas e econômicas têm gerado um clima de desconfiança, refletido em protestos e retração no consumo.