Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu o centro de Mianmar na sexta-feira, 28, causando mortes, feridos e desaparecidos, segundo alertas do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Até o momento, o desastre já deixou 1.002 mortos e 2.376 feridos, com números ainda subindo devido aos esforços de resgate. Além dos tremores, que também foram sentidos na Tailândia e na China, o USGS destacou o alto risco de liquefação do solo, fenômeno que pode afetar mais de 1 milhão de pessoas e causar danos extensos a infraestruturas.
A liquefação ocorre quando solos soltos e saturados perdem resistência durante um terremoto, comportando-se como líquido em vez de sólido. Isso pode levar ao afundamento ou inclinação de edifícios, além de deformações permanentes no solo. O USGS citou exemplos históricos, como os terremotos de Niigata (1964) e Loma Prieta (1989), onde o fenômeno causou destruição significativa. Em Mianmar, a liquefação pode se estender por mais de 1 mil metros quadrados, agravando a crise pós-terremoto.
Além da liquefação, o risco de deslizamentos de terra também preocupa as autoridades, com potencial para afetar mais de 5 mil pessoas no país. Embora a liquefação cause danos materiais extensos, o USGS ressalta que deslizamentos costumam ser mais letais. O governo local e equipes de resgate seguem em alerta para mitigar os impactos do desastre, que já é um dos mais graves da região nos últimos anos.