Mianmar enfrenta as consequências de um terremoto de magnitude 7,7, considerado o mais mortal de sua história. O desastre, que atingiu o centro do país na última sexta-feira (28), destruiu pontes, edifícios e deixou milhares de vítimas, com estimativas de mais de 10 mil mortos. O isolamento geográfico, a infraestrutura frágil e a guerra civil em curso dificultam os esforços de resgate e ajuda humanitária.
Localizado no Sudeste Asiático, Mianmar tem uma população de 54 milhões de habitantes, com 40% vivendo abaixo da linha da pobreza. A economia do país depende majoritariamente da agricultura, especialmente do arroz, mas enfrenta desafios agravados pela instabilidade política. Desde 2021, o país é governado por uma junta militar, que assumiu o poder após um golpe, interrompendo um breve período de democracia.
O terremoto expôs ainda mais as fragilidades de um país já marcado por conflitos étnicos e repressão. Enquanto as autoridades militares tentam responder ao desastre, relatos indicam que a própria população tem sido alvo de violência. A crise humanitária se aprofunda, com pouca esperança de alívio imediato para as vítimas do tremor e da guerra civil.