Os serviços de emergência continuam as buscas pelas vítimas do terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar na sexta-feira, com o número de mortos chegando a pelo menos 1.700 e mais de 3.400 feridos. O tremor, que também foi sentido em Bangcoc, onde 18 pessoas morreram, ocorreu próximo à Falha de Sagaing, região de alta atividade sísmica. Réplicas, incluindo uma de magnitude 5,1 neste domingo, interromperam os resgates e aumentaram o temor de novos desabamentos. A situação é agravada pela fragilidade do sistema de saúde, já debilitado pelo conflito civil no país desde o golpe de 2021.
A ajuda internacional começa a chegar, mas enfrenta desafios logísticos devido à escassez de suprimentos médicos e danos à infraestrutura. A ONU alerta para a falta de equipamentos essenciais, como bolsas de sangue e anestésicos, enquanto a OMS enviou três toneladas de materiais para hospitais em Mandalay e Naypyidaw. China e Cruz Vermelha estão entre os que ofereceram apoio, com doações e equipes de resgate. O governo de oposição NUG pediu um cessar-fogo parcial para facilitar as operações.
Em Bangcoc, as equipes trabalham para resgatar trabalhadores soterrados no desabamento de um arranha-céu em construção, que deixou 78 desaparecidos. O terremoto danificou estruturas na capital tailandesa, expondo riscos em áreas urbanas. Com um terço da população de Mianmar em risco de fome até 2025, segundo a ONU, o desastre amplia uma crise humanitária já existente, enquanto as buscas por sobreviventes continuam.