Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar na sexta-feira (28), seguido por réplicas que agravaram a devastação. Até domingo (30), as autoridades confirmaram pelo menos 1.700 mortos, 3.400 feridos e 300 desaparecidos, com números que podem subir à medida que os resgates avançam. O epicentro, próximo à cidade de Mandalay, causou o desabamento de prédios, pontes e danos à infraestrutura, enquanto a capital tailandesa, Bangcoc, também registrou vítimas, incluindo 18 mortos no colapso de um arranha-céu em construção.
A ajuda internacional começa a chegar, mas os esforços são dificultados pela escassez de suprimentos médicos e danos às estradas e hospitais, já fragilizados pelo conflito civil e pela crise econômica no país. A ONU alertou que Mianmar não tem recursos para lidar com o desastre, e agências como a OMS e a Cruz Vermelha estão mobilizando apoio, incluindo medicamentos e equipes de resgate. A China enviou especialistas e prometeu auxílio financeiro, enquanto oposicionistas locais pediram um cessar-fogo para facilitar os trabalhos.
A situação humanitária, já crítica antes do terremoto, piorou com a interrupção de redes de comunicação e a falta de equipamentos essenciais. Em Mandalay, equipes buscam sobreviventes entre os escombros, onde monges e civis ainda estão desaparecidos. Enquanto isso, em Bangcoc, a busca por 78 desaparecidos continua, com drones térmicos e cães farejadores sendo usados para localizar vítimas. O terremoto expôs a vulnerabilidade da região, situada na falha geológica de Sagaing, e a urgência de uma resposta coordenada para evitar mais tragédias.