A recente fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Groenlândia, gerou uma reação rápida e firme da Dinamarca e da própria Groenlândia. Em seu discurso, Trump afirmou que a ilha, de alguma forma, se tornaria território americano, destacando o interesse estratégico dos Estados Unidos na região do Ártico. Este pronunciamento, que durou uma hora e quarenta minutos, foi o mais longo desde 1964 e gerou grande repercussão internacional.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, respondeu de maneira clara, reforçando que os groenlandeses não têm interesse em se integrar aos Estados Unidos ou à Dinamarca, mas buscam preservar sua identidade e autonomia. Ele sublinhou, por meio de uma rede social, que a Groenlândia não está à venda e que os Estados Unidos não podem simplesmente tomar posse da ilha, reiterando a posição do governo local contra a intervenção estrangeira.
A Dinamarca também se manifestou contra a proposta de Trump. A ministra da Defesa dinamarquesa, Trine Bramsen, afirmou que a aquisição da Groenlândia pelos Estados Unidos não ocorrerá. O episódio gerou tensões no cenário geopolítico, com ambos os governos reafirmando a soberania sobre a ilha e criticando as intenções americanas, o que coloca a Groenlândia no centro de um debate de grande relevância internacional.