Na sexta-feira (28), uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi marcada por uma troca de acusações em um tom exaltado. Durante o encontro no Salão Oval, Trump criticou Zelensky por, segundo ele, não demonstrar gratidão suficiente pelo apoio americano na guerra contra a Rússia. A conversa esquentou quando Trump acusou o líder ucraniano de dificultar a busca por um acordo de paz com Moscou, o que teria contribuído para a prolongação do conflito, que já ultrapassa os três anos.
A tensão aumentou à medida que Trump e seu vice-presidente, J.D. Vance, acusaram Zelensky de não agir com a devida consideração, sugerindo que ele estava colocando em risco a vida de milhões ao rejeitar negociações. Zelensky, por sua vez, se manteve firme, dizendo que não estava “apostando” com a vida das pessoas e se recusando a ceder às pressões. O tom agressivo da conversa levou à interrupção das discussões e ao cancelamento de uma coletiva de imprensa conjunta, com Zelensky deixando a Casa Branca sem a assinatura de um acordo importante entre os países.
Após a reunião, as reações de ambas as partes foram divulgadas nas redes sociais. Trump expressou que Zelensky não seria bem-vindo de volta até que estivesse pronto para buscar a paz, enquanto o líder ucraniano agradeceu pelo apoio contínuo dos Estados Unidos. No entanto, a situação gerou repercussões também na Rússia, com autoridades russas destacando a postura de Zelensky como agressiva e desrespeitosa. A troca acentuou as divisões e a incerteza sobre o futuro da ajuda americana à Ucrânia no conflito com a Rússia.