O início da nova gestão em Goiânia foi marcado por atritos entre o Executivo e vereadores, principalmente devido às tentativas de alguns parlamentares de aumentar a cota para indicação de cargos, fixada em R$ 30 mil. Paralelamente, a Prefeitura buscava aprovar um decreto de calamidade financeira, diante de uma dívida de quase R$ 4 bilhões, e implementar normas de transparência para as emendas impositivas — o que gerou insatisfação na Câmara. O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) respaldou a necessidade de regulamentação, reforçando que as emendas devem seguir princípios como interesse público e eficiência.
A proposta de reduzir o percentual das emendas de 2% para 1,5% da receita corrente líquida acirrou os ânimos, embora o prefeito tenha afirmado que respeitaria a legislação vigente. Enquanto parte dos vereadores resistia às mudanças, o presidente da Câmara destacou a importância do alinhamento entre os Poderes para enfrentar a crise financeira. Sua relação próxima com o prefeito e sua experiência no cargo foram vistas como fatores positivos para a estabilidade política.
O cenário reflete um conflito entre a busca por controle fiscal e as demandas tradicionais do Legislativo. Enquanto o Executivo defende medidas austeras e maior rigor na aplicação de recursos, alguns vereadores resistem às mudanças que limitam suas influências. A população, por sua vez, aguarda os resultados concretos das ações adotadas para a recuperação financeira da cidade.