A construtora Tenda (TEND3) divulgou os resultados do 4º trimestre de 2024 no dia 12 de março, com lucro líquido de R$ 21 milhões, valor abaixo das estimativas de mercado. Enquanto o JP Morgan esperava R$ 80 milhões e o consenso apontava R$ 58 milhões, a ação da empresa teve uma queda de 6,85% às 12h55 do dia 13 de março. A Tenda atribui parte do desempenho abaixo do esperado a itens não recorrentes, como o prejuízo da Alea, o custo financeiro do Pode Entrar e provisões para contingências.
Apesar dos resultados mistos, o fluxo de caixa livre (FCF) de R$ 84 milhões foi visto como um ponto positivo, revertendo o consumo de caixa do trimestre anterior e superando o valor registrado no mesmo período do ano passado. A margem bruta ajustada para o segmento core da Tenda foi de 36,2%, uma melhoria significativa em comparação aos 27,1% do ano passado. Em meio a esses números, instituições como JPMorgan mantiveram a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 18,50 para a ação.
O analista da XP também observou que, apesar dos desafios com a rentabilidade devido ao reconhecimento de vendas da Pode Entrar e perdas na Alea, as margens no segmento principal da Tenda têm apresentado melhora consistente. Além disso, a redução da alavancagem financeira e a melhoria da estrutura de capital foram destacadas como indicadores positivos para a recuperação da empresa. O banco BBI, por sua vez, manteve sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 22, confiando na continuidade do impulso operacional e na recuperação da lucratividade da construtora.