Aos 13 anos, a autora teve seu primeiro contato com o álcool em um restaurante italiano barato, onde experimentou vinho aos poucos e se divertiu com a sensação de embriaguez. Poucos meses depois, em uma festa, consumiu uma quantidade excessiva de gin e chegou a perder a consciência, em um episódio que quase terminou em hospitalização. Essas experiências marcaram o início de um padrão em que o álcool servia como facilitador para encontros sexuais e como forma de mascarar vulnerabilidades.
Anos depois, ao se apaixonar por alguém em um contexto sóbrio, a autora percebeu que o amor verdadeiro não precisava ser mediado pelo álcool. Essa descoberta a fez refletir sobre como a bebida havia sido usada como um escudo emocional, evitando tanto a exposição de suas fragilidades quanto a responsabilidade por suas ações. A experiência revelou uma diferença crucial entre relações superficiais e conexões genuínas.
O relato ilustra uma jornada de autoconhecimento, mostrando como o uso do álcool na adolescência pode distorcer percepções sobre intimidade e afeto. A mudança só foi possível quando a autora experimentou um vínculo sem a influência de substâncias, entendendo, finalmente, o que significava amar e ser amada de forma plena e consciente.