Em janeiro, a taxa média de juros no Brasil alcançou 42,3% ao ano, representando um aumento significativo de 1,6 pontos percentuais no mês e de 4,6 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse cenário de alta nos juros tem gerado um encarecimento no crédito, afetando tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas. Para as empresas, a taxa média subiu para 24,2% ao ano, enquanto para as famílias a taxa foi de 53,9%. O aumento nas taxas de crédito pessoal não consignado e nos financiamentos de veículos foi um dos principais fatores que impulsionaram essa alta.
O saldo total das operações de crédito no Brasil manteve-se estável em R$ 6,46 trilhões, com o crédito para pessoas físicas registrando um crescimento de 1,2% e o crédito para as empresas uma queda de 1,8%. O crédito livre, destinado a empresas e famílias, apresentou comportamentos distintos, com um pequeno recuo no crédito livre para empresas (-3,2%) e um aumento no crédito livre para famílias (+1,4%). Já o crédito direcionado atingiu R$ 2,7 trilhões, com um crescimento de 0,9% no mês.
O índice de inadimplência no crédito total do Sistema Financeiro Nacional (SFN) subiu para 3,2%, com um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior. A inadimplência foi ainda maior nas operações de crédito livre, chegando a 4,4%. Por fim, o endividamento das famílias permaneceu elevado, com um comprometimento de 26,8% da renda, enquanto o crédito ampliado ao setor não financeiro registrou uma leve queda de 0,8%, atingindo R$ 18,5 trilhões.