O mercado brasileiro teve uma pausa durante o Carnaval e reabriu na Quarta-feira de Cinzas com um pregão reduzido. Enquanto isso, os mercados globais viveram dias turbulentos, impactados pela escalada das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O anúncio de tarifas de 25% sobre o Canadá e o México gerou incertezas, o que resultou em quedas significativas em índices norte-americanos, como o Nasdaq, que recuou 2,64% na segunda-feira. O setor de tecnologia, especialmente empresas como Nvidia e Amazon, enfrentou grandes perdas, refletindo a aversão ao risco dos investidores.
Além disso, os dados econômicos dos EUA também contribuíram para o cenário negativo, com a produção industrial registrando leve queda. A situação gerou um movimento de busca por ativos mais seguros, exacerbado pela guerra comercial e as tensões geopolíticas. Na terça-feira, alguns papéis de tecnologia, como a Nvidia, apresentaram leves recuperações, impulsionados pela expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve. Contudo, as quedas continuaram em índices como o S&P 500 e o Dow Jones, que finalizaram em perdas significativas, com destaque para o Nasdaq, que acumulou queda de 5,71% no ano.
Enquanto o impacto das tarifas se estende para a Europa, o Deutsche Bank alertou para uma possível desaceleração do crescimento do continente devido à pressão tarifária. A região já enfrentava um cenário de crescimento fraco, e o aumento das tarifas poderia afetar ainda mais o Produto Interno Bruto (PIB) da União Europeia. No mercado de commodities, o petróleo teve uma queda significativa, com o Brent atingindo níveis mais baixos desde setembro. A volatilidade nos mercados também foi acompanhada pela expectativa do primeiro discurso do presidente dos EUA ao Congresso, que pode repercutir nos mercados no dia seguinte.