O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promete que as tarifas comerciais gerarão receita suficiente para o Tesouro dos EUA, permitindo a implementação de outro grande corte de impostos. No entanto, a matemática por trás dessas promessas não se sustenta. As tarifas, em vez de beneficiar a economia como sugerido, acabam transferindo recursos de maneira desigual. A classe trabalhadora e os mais pobres são os que mais sentem o impacto, pois são os principais responsáveis pelo pagamento dessas tarifas, tanto diretamente, quanto através do aumento dos preços de produtos.
Além disso, as tarifas também provocaram uma série de represálias por parte dos parceiros comerciais dos EUA, resultando em tarifas adicionais sobre as exportações americanas. Esses custos adicionais prejudicam ainda mais os consumidores e produtores americanos, sem gerar os benefícios prometidos para o país. Isso reflete um desequilíbrio econômico, onde o efeito negativo recai principalmente sobre os cidadãos com menor poder aquisitivo.
Robert Reich, ex-secretário do Trabalho dos Estados Unidos e professor emérito de Políticas Públicas, aponta que as promessas de Trump sobre as tarifas e os cortes de impostos não são sustentáveis a longo prazo e provavelmente resultarão em uma transferência de riqueza ainda maior para os mais ricos. Ele alerta que essa estratégia pode agravar as desigualdades sociais e econômicas, em vez de aliviar a carga para os mais necessitados.