Na última sexta-feira, o dólar teve uma alta de 1,50%, cotado a R$ 5,9162, enquanto o índice Ibovespa recuou 1,60%, fechando aos 122.799 pontos. A B3, bolsa de valores brasileira, só retoma suas negociações nesta quarta-feira (5), devido ao feriado de Quarta-Feira de Cinzas. O principal fator de influência para os mercados globais continua sendo a escalada nas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevou em 25% os impostos sobre as importações do Canadá e do México, além de uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos provenientes da China. A medida gerou preocupações sobre uma possível guerra comercial global.
Embora as taxas já estejam em vigor, há especulações de que o governo americano possa flexibilizar as tarifas para determinados setores, o que trouxe otimismo aos mercados. O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, indicou que o governo pode reverter algumas das tarifas, caso o Canadá e o México implementem restrições à imigração ilegal. A perspectiva de um alívio nas tarifas gerou uma reação positiva nos mercados financeiros, com a expectativa de que a inflação nos EUA não seja tão impactada, o que ajudaria a manter as taxas de juros do país sob controle.
Em resposta, os países afetados, como Canadá, China e México, já anunciaram retaliações. O Canadá impôs tarifas de 25% sobre produtos dos EUA, enquanto a China também aumentou as taxas sobre uma variedade de produtos agrícolas americanos. O México, por sua vez, criticou as tarifas e prometeu uma retaliação, destacando a colaboração entre os dois países em questões de segurança e imigração. Esses desdobramentos continuam a impactar os mercados financeiros, gerando incertezas quanto ao futuro das relações comerciais entre as maiores economias do mundo.