Em 2024, Minas Gerais se destacou como o maior produtor de aço do Brasil, liderando com 30,1% da produção nacional, equivalente a 10,2 milhões de toneladas. A maior parte desse aço foi exportada para os Estados Unidos, que recentemente implementou tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, uma medida adotada por Donald Trump para proteger a indústria americana. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) está atenta aos efeitos dessa taxação, que pode afetar a competitividade das exportações brasileiras, especialmente após um recorde de exportações para os EUA registrado no início de 2025.
O cenário atual, com as tarifas em vigor desde 12 de março de 2024, gerou incertezas no setor siderúrgico brasileiro. Embora a medida afete vários países, como Canadá e México, ela coloca o Brasil diante de um possível aumento nas dificuldades para exportar aço, com a expectativa de uma redução no volume de vendas para os norte-americanos. Entretanto, a Fiemg acredita que as negociações bilaterais entre Brasil e EUA podem atenuar os impactos, possibilitando um cenário mais favorável para as exportações, caso um acordo seja alcançado.
O impacto das tarifas também varia conforme o perfil das empresas. Companhias com maior participação no mercado de exportação podem enfrentar prejuízos, enquanto aquelas com foco no mercado interno podem ter uma competição maior, o que pode resultar na redução de preços e margens de lucro. O governo brasileiro, através do presidente Lula, tem se manifestado sobre a necessidade de respeito nas relações comerciais com os Estados Unidos, enquanto o setor siderúrgico aguarda os próximos desdobramentos dessa situação que pode alterar o panorama da indústria nacional.