O Festival de Parintins, realizado no Amazonas, é uma importante vitrine para o desenvolvimento de artistas que têm se destacado nos carnavais de São Paulo e Rio de Janeiro. Através de suas impressionantes alegorias, danças e apresentações, o festival tem sido responsável por formar profissionais que atuam na criação de fantasias e carros alegóricos das principais escolas de samba do Sudeste. Artistas como Euler Alfaia, do boi Caprichoso, e Kennedy Prata, da Beija-Flor, são exemplos de como o trabalho realizado em Parintins tem influenciado o carnaval fora da região Norte.
Euler Alfaia, que começou sua carreira no Festival de Parintins aos 12 anos, tem contribuído com alegorias para a escola de samba Rosas de Ouro, campeã do carnaval de São Paulo em 2025. Ele e sua equipe de parintinenses foram responsáveis por algumas das alegorias que ajudaram a escola a alcançar a pontuação máxima. Outros artistas da região, como Alex Salvador e Neto Barbosa, também levaram suas habilidades para escolas do Rio de Janeiro, como Mangueira e Portela, contribuindo para o sucesso das apresentações e garantindo notas altas nos quesitos Alegorias e Adereços.
Além da mão de obra especializada, as ideias e inspirações extraídas dos galpões dos bois Caprichoso e Garantido têm impactado os desfiles no Sudeste. Vários carnavalescos do Rio e São Paulo buscam no festival novas abordagens e elementos artísticos, como o uso de efeitos cênicos, que já são tradicionais em Parintins, como o da transformação de Paolla Oliveira em onça. Com a proximidade do próximo Festival de Parintins, artistas como Euler Alfaia se preparam para mais uma temporada de trabalho intenso, reforçando o elo entre as duas culturas carnavalescas.