A Tailândia deportou recentemente 40 homens uigures que estavam detidos no país desde 2014, após fugirem da repressão na região de Xinjiang, na China. Embora a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, tenha feito várias ofertas para reassentar os uigures em outros países, a Tailândia insistiu que não houve propostas concretas e afirmou que a decisão de repatriá-los foi tomada para evitar represálias da China. A deportação, realizada sob sigilo, gerou críticas de grupos de direitos humanos, que alertaram sobre o risco de tortura e outros abusos que os deportados podem enfrentar na China.
A pressão internacional sobre a Tailândia se intensificou, com a condenação do Departamento de Estado dos EUA, que considerou a ação uma violação da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura. A Tailândia foi acusada de não cumprir sua obrigação de garantir que indivíduos em risco de perseguição não fossem deportados para um país onde pudessem sofrer abusos. Apesar disso, o governo tailandês defendeu sua decisão, alegando que não havia como garantir o acolhimento dos uigures por um terceiro país sem o consentimento da China.
Organizações internacionais de direitos humanos, como a Human Rights Watch, também expressaram preocupação, alertando para o risco de desaparecimentos forçados e detenção prolongada desses indivíduos após a deportação. A situação reflete as tensões geopolíticas entre os países envolvidos e destaca os desafios enfrentados por nações que estão sob pressão para lidar com a crise dos uigures, uma minoria étnica que enfrenta perseguições severas na China.