O Pantanal, a maior planície alagável do mundo, é um exemplo único de sustentabilidade no Brasil, sendo uma das regiões mais biodiversas do planeta. Sua ocupação humana remonta a quase 300 anos, com práticas sustentáveis de produção que surgiram antes mesmo do conceito de sustentabilidade se popularizar. A criação de gado no Pantanal foi adaptada ao ecossistema local, com ênfase em práticas de baixo impacto ambiental, como a utilização de pastagens nativas e a preservação das fontes de água.
A produção de carne na região, conhecida como carne pantaneira, carrega a identidade do Pantanal e é regulamentada pelo Protocolo de Carne Sustentável, que assegura a sustentabilidade do processo. O cuidado com o ecossistema local e o respeito à fauna e flora selvagens são princípios fundamentais dessa prática, que preserva o equilíbrio ambiental e cultural da região. Além disso, o modo de vida dos pantaneiros, com saberes empíricos passados por gerações, garante a continuidade dessa produção responsável.
Apesar dos desafios enfrentados pela região, como queimadas e mudanças climáticas, o Pantanal continua a ser um modelo de resiliência. A preservação de sua biodiversidade e cultura é fundamental para a manutenção da sua sustentabilidade. O Pantanal, portanto, não é apenas um exemplo de produção sustentável, mas também um símbolo da necessidade de equilibrar desenvolvimento econômico e respeito ao meio ambiente.