A suspensão da assistência militar dos Estados Unidos à Ucrânia não causará um colapso imediato das linhas de defesa do país, mas pode afetar negativamente a capacidade militar ucraniana a médio prazo, especialmente no que se refere às defesas aéreas e à capacidade de ataque de precisão. A decisão ocorre após um confronto entre o presidente ucraniano e autoridades americanas, interrompendo o envio de equipamentos militares previamente aprovados, incluindo sistemas sofisticados de defesa e mísseis de precisão, como o HIMARS. Isso é visto como um golpe, mas com impacto limitado no curto prazo, já que a Ucrânia tem se tornado menos dependente dessa ajuda.
Embora os Estados Unidos ainda sejam o maior doador militar da Ucrânia, fornecendo mais de US$ 67 bilhões desde 2022, o impacto da suspensão é mais pronunciado em setores específicos. A Ucrânia, que antes dependia fortemente da ajuda americana, já experimentou um atraso na entrega de suprimentos em 2024, o que gerou escassez de projéteis de artilharia. Contudo, a situação foi atenuada pelo aumento das contribuições europeias e pelo uso crescente de drones. O foco da guerra, que antes era dominado por artilharia, mudou para os drones, que agora desempenham um papel central nas operações militares.
A medida de suspensão também levanta questões sobre o futuro da cooperação em inteligência e o compartilhamento de dados com aliados. A Ucrânia agora depende da flexibilidade de seus parceiros europeus e de outros países que produzem munições sob licenciamento dos EUA para continuar recebendo suporte. Embora a suspensão não afete a guerra de forma imediata, ela envia um sinal diplomático significativo, refletindo a complexidade das relações entre os Estados Unidos, a Ucrânia e a Rússia no atual cenário geopolítico.