Uma mulher de 56 anos, residente de Connecticut, foi presa após ser acusada de manter seu enteado em cativeiro por mais de 20 anos. A vítima, que foi encontrada em condições precárias de saúde, pesando apenas 30 quilos, afirmou que foi forçada a viver em condições desumanas desde os 11 anos de idade. Durante esse período, ele sofreu abusos físicos e psicológicos, sendo privado de alimentos e cuidados médicos, chegando até a beber água do vaso sanitário para sobreviver. Para escapar, ele ateou fogo na casa onde era mantido em cativeiro.
A polícia detalhou que, além de ser mantido em um espaço apertado e sem cuidados, o homem também foi negligenciado quanto à saúde física e mental, tendo sido forçado a usar garrafas e jornais para necessidades básicas. De acordo com as autoridades, a situação vivida pela vítima pode ser comparada a um pesadelo, com anos de sofrimento e privação. A mulher foi acusada de crimes graves, incluindo sequestro, agressão e crueldade contra a vítima. Ela foi presa, mas negou todas as acusações, alegando que as alegações não são corroboradas por evidências independentes.
A prisão da mulher gerou uma reação forte entre as autoridades locais, que classificaram o caso como algo de difícil compreensão. No entanto, a defesa da acusada argumenta que ela sempre forneceu alimentos para o enteado e que ele não estava trancado em um quarto. Vizinhos relataram que, ao longo dos anos, raramente viam o enteado fora de casa, e uma das filhas da mulher chegou a perceber a presença do jovem em uma janela, mas não deu importância à situação. A fiança da acusada foi fixada em 300 mil dólares, e seu advogado afirmou que a defesa será feita com o objetivo de provar sua inocência.