Há pouco mais de um ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, não poderiam mais manter contato, nem mesmo por meio de advogados. A medida foi tomada após os dois se tornarem alvos da Operação Tempus Veritatis, realizada pela Polícia Federal em fevereiro do ano anterior, que resultou na apreensão de materiais na sede do PL e na prisão temporária de Valdemar por porte ilegal de armas.
Passado um ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e outros 33 envolvidos em um plano de golpe de Estado, mas o nome de Valdemar não consta entre os denunciados. Essa ausência gerou discussões sobre a possibilidade de ele solicitar a revogação da proibição de contato com o ex-presidente. Pessoas próximas a Valdemar indicam que, com a atual situação jurídica, não haveria mais justificativa para manter a medida, embora a decisão sobre entrar com o pedido ainda não tenha sido confirmada.
Durante o período em que estiveram proibidos de se comunicar, os dois só puderam se encontrar brevemente em um evento religioso. Fora esse momento, estratégias foram necessárias para garantir que ambos participassem de compromissos públicos sem que houvesse encontros diretos. O debate sobre a revogação da proibição reflete a crescente disposição entre seus aliados para que o contato seja restabelecido, embora alguns aconselhem cautela diante das complexidades jurídicas ainda em andamento.