O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por unanimidade, a decisão do ministro Flávio Dino, que desbloqueou as emendas parlamentares, após aprovação de um plano de trabalho que visa aumentar a transparência e a rastreabilidade dos recursos. A decisão, tomada por meio de julgamento virtual, contou com a concordância de todos os ministros envolvidos, incluindo o voto do ministro Alexandre de Moraes, que ressaltou a importância da conciliação entre a administração pública e o cumprimento da Constituição. A proposta aprovada busca promover uma execução mais clara das emendas, sem interferir nas investigações em andamento sobre irregularidades.
O plano de trabalho apresentado pelos Poderes Executivo e Legislativo incluiu medidas como a reformulação do Portal da Transparência e a criação de contas específicas para a saúde, visando a maior visibilidade sobre o destino das emendas parlamentares. Apesar dos avanços, ainda existem falhas que precisam ser corrigidas, como a falta de informações detalhadas sobre a aplicação dos recursos em algumas áreas, como nas transferências via emendas Pix. Além disso, o Congresso cedeu em relação à identificação dos autores das emendas de comissão e relator, um dos pontos mais sensíveis durante as negociações.
A decisão do STF marca um avanço significativo em relação à promoção da transparência na execução das emendas parlamentares. O processo, que ficou paralisado desde agosto do ano passado, trouxe resultados como a realização de auditorias e a implementação de medidas de rastreabilidade mais rigorosas. No entanto, a falta de clareza em algumas transações ainda gera preocupação, especialmente no que se refere aos detalhes de gastos relacionados a emendas Pix e ao orçamento secreto. O Congresso e o Executivo se comprometeram a resolver essas questões, garantindo maior precisão na prestação de contas.