A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu tornar réus o ex-presidente e sete aliados em um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que há indícios suficientes para a ação penal, destacando uma estrutura hierárquica organizada e a disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral. O ministro também ressaltou que os atos de 8 de janeiro não foram espontâneos e que houve esforços para manter apoiadores mobilizados mesmo após a derrota eleitoral.
Políticos aliados do ex-presidente em Goiás criticaram a decisão, classificando-a como perseguição política e judicial. Parlamentares locais argumentaram que o Judiciário estaria agindo de forma arbitrária, sem garantir direitos básicos de defesa, e compararam a situação a uma “ditadura do Judiciário”. Um deputado estadual afirmou que o processo visa impedir a participação do ex-presidente nas eleições de 2026, enquanto outros vereadores questionaram a imparcialidade do STF.
O caso reacende debates sobre a independência das instituições e o equilíbrio entre Justiça e política. Enquanto o STF defende a legalidade do processo, os críticos veem motivações políticas por trás da decisão. O desfecho do julgamento pode ter implicações significativas para o cenário político nacional, especialmente com a proximidade do próximo ciclo eleitoral.